O significado das palavras no mundo corporativo, quando o sentido se perde, a consciência adoece
Venho de uma época em que as pesquisas eram feitas em livros, pesados, cheios de marcações e anotações à caneta (mas nunca riscados, por favor! Eu tinha e tenho ainda um verdadeiro pavor de ver alguém riscando meus livros!).
Cada termo tinha um peso, um contexto, um propósito.
Aprendi que as palavras moldam pensamentos, e os pensamentos moldam comportamentos.
Hoje, vivemos um tempo em que o significado das palavras foi deturpado.
Termos que deveriam inspirar se tornaram ameaças, expressões que nasceram para construir passaram a destruir.
E essa distorção semântica está criando um fenômeno perigoso, a confusão coletiva, uma espécie de “burrice em massa”, alimentada pela falta de reflexão e pelo uso emocionalmente raso da linguagem.
A deturpação das palavras adoece o pensamento.
Nutrição semântica: o excesso também adoece
Acredito que o uso das palavras é como a nutrição.
Uma alimentação equilibrada mantém o corpo saudável, já o excesso ou a carência gera desequilíbrio.
Na carreira, acontece o mesmo, pequenas doses de boas palavras, bem aplicadas ao longo do tempo, constroem longevidade corporativa.
Mas estamos vivendo uma dieta verbal tóxica.
Transformamos “produtividade” em sinônimo de exaustão, “disciplina” em rigidez, “competitividade” em rivalidade, “ambição” em ganância.
São palavras fundamentais para o crescimento, que perderam seu valor por mau uso, más experiências e má interpretação.
A deturpação das palavras e o empobrecimento do pensamento
Quando deixamos de entender as palavras, deixamos de entender o mundo.
E o ambiente corporativo é um dos que mais sofre com isso.
Veja alguns exemplos:
- Produtividade não é trabalhar até cair, é produzir valor com foco e inteligência.
- Competitividade não é rivalizar, é buscar excelência.
- Disciplina não é controle, é estrutura interna que sustenta a liberdade.
- Ambição não é ganância, é o motor que impulsiona evolução.
- Empatia não é submissão emocional, é via de mão dupla entre escuta e limite.
- Alta performance não é esgotamento, é domínio de si mesmo.
- Propósito não é jargão, é bússola.
- Vulnerabilidade não é fraqueza, é coragem para ser real.
Cada uma delas, quando compreendida em sua essência, expande a consciência corporativa.
Mas quando usadas de forma rasa, adoecem relacionamentos, culturas e lideranças.
Palavras moldam cultura
Toda cultura organizacional nasce de uma linguagem.
O modo como uma empresa fala revela o modo como ela pensa e sente.
Quando um líder banaliza termos ou adota discursos vazios, ele semeia confusão e colhe desconexão.
Por isso, cuidar das palavras é um ato de liderança.
A linguagem é o espelho da consciência coletiva.
E recuperar o sentido original das palavras é também recuperar o sentido do trabalho, do propósito e da humanidade.
Cuidar da linguagem é o primeiro passo para curar a cultura.
IE + IA = Inovação Humana
No fim, tudo volta para o mesmo princípio, a união entre Inteligência Emocional (IE) e Inteligência Artificial (IA) é o que nos permitirá restaurar o equilíbrio entre tecnologia e humanidade, razão e emoção, palavra e ação.
IE + IA = Inovação Humana.
E isso começa pelas palavras que escolhemos todos os dias.
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