O mito do colaborador multitarefa: por que fazer tudo não significa entregar bem

O mito do colaborador multitarefa: por que fazer tudo não significa entregar bem

O mito do colaborador multitarefa: por que fazer tudo não significa entregar bem

Durante muito tempo a multitarefa foi vendida como vantagem competitiva. Na prática, ela cria a ilusão de velocidade enquanto corrói qualidade, foco e saúde mental. O cérebro não executa tarefas complexas em paralelo. Ele alterna rapidamente entre elas, perdendo contexto a cada troca. Esse custo invisível aparece em erros pequenos que se acumulam, decisões apressadas e ideias que nunca amadurecem.

O que a ciência do trabalho mostra

Pedir para alguém alternar entre planilha, chat, reunião e e-mail a cada minuto é exigir que a pessoa recomece do zero o raciocínio sempre que troca de janela. 

A American Psychological Association estima perdas de produtividade de até 40 por cento com a alternância frequente de tarefas. O Microsoft Work Trend Index 2024 aponta ciclos de atenção cada vez menores em ambientes digitais, especialmente quando notificações não são gerenciadas. 

O resultado é volume sem profundidade.

• Mais erros por perda de contexto e retomadas frequentes
• Sensação constante de urgência sem avanço real de entregas
• Cansaço cognitivo que derruba criatividade e qualidade

Como isso se instala nas rotinas

Multitarefas viram padrão quando métricas valorizam presença contínua e resposta imediata. É comum ver agendas fatiadas em blocos de 15 minutos, reuniões que começam sem objetivo e mensagens que exigem retorno instantâneo. O sistema premia quem parece ocupado, não quem cria valor.

• Reuniões para status que poderiam ser assíncronas
• Falta de critérios para urgência e prioridade
• Notificações ligadas em todos os dispositivos o dia todo

Quebrando o ciclo com desenho de trabalho

Produtividade sustentável depende de desenho intencional de rotinas. Não basta pedir foco. É preciso proteger o foco com regras claras. Intervalos de concentração, janelas para mensagens e lotes de atividades similares reduzem trocas de contexto e melhoram a qualidade da decisão.

• Agrupar tarefas por natureza e complexidade para reduzir alternância
• Definir blocos de foco de 45 a 90 minutos sem notificações
• Reservar horários fixos para mensagens e alinhamentos
• Medir resultado entregue e não tempo online

Exemplo prático

Um time comercial que migrou de respostas em tempo real para três janelas diárias de retorno reduziu em 27 por cento o retrabalho de propostas e aumentou em 18 por cento a taxa de fechamento, simplesmente porque passou a ler melhor os requisitos do cliente antes de responder.

Produtividade não é velocidade de resposta. É consistência de resultado.

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