A síndrome do gestor bombeiro, quando liderar vira apagar incêndios todos os dias

Em muitas empresas, liderar virou sinônimo de correr.
Resolver o urgente, apagar incêndios, responder a tudo, atender a todos.
No começo, isso parece produtividade.
Com o tempo, vira exaustão.

É nesse momento que o líder percebe que está sempre cansado, o time está sempre sobrecarregado e os mesmos problemas continuam voltando.
É a síndrome do gestor bombeiro, o líder que vive resolvendo crises, mas nunca tem tempo para evitá-las.

O que alimenta o modo bombeiro

Essa cultura nasce da falta de clareza de papéis, de processos frágeis e da crença equivocada de que o bom líder é aquele que dá conta de tudo.

Segundo a Deloitte (2024), 68 por cento dos gestores afirmam estar em modo reativo o tempo inteiro.
Quando o foco é apagar incêndios, a estratégia deixa de existir e a liderança vira manutenção do caos.

Alguns sinais claros:
• decisões tomadas sempre sob pressão
• falta de tempo para planejar e revisar processos
• cultura que valoriza heróis e não prevenção

O impacto invisível no time

Equipes lideradas por gestores-bombeiros vivem em estado de alerta constante.
As prioridades mudam diariamente, o retrabalho aumenta e o aprendizado desaparece.

Todos ficam exaustos, mas quase ninguém entende o motivo.

• queda na autonomia e confiança
• desgaste emocional do time
• bloqueio no desenvolvimento, já que não existe espaço mental para aprender

Como sair do ciclo reativo

A saída exige intenção e método.
Líderes que conseguem romper o padrão reconhecem que não podem controlar tudo, mas podem estruturar o que importa.

A chave está em transformar a rotina em sistema, não em improviso.

• criar rituais semanais de prioridades inegociáveis
• fazer pausas de planejamento, mesmo em semanas difíceis
• delegar e capacitar o time para lidar com o previsível

História real, transformação real

Atendi uma gestora de uma startup de tecnologia que vivia exatamente esse cenário.
Ela mantinha uma política de “porta aberta o dia inteiro”, acreditando que isso era proximidade.
Na prática, significava interrupções constantes, decisões tomadas sem reflexão e ausência total de planejamento.

Com o time esgotado e a sensação de estar sempre atrasada, ela decidiu testar uma mudança simples:

• duas janelas diárias fixas para atender a equipe
• uma reunião semanal de priorização e alinhamento
• delegação estruturada para demandas previsíveis

Em apenas 60 dias:

• o retrabalho reduziu 40 por cento
• o time ganhou clareza sobre responsabilidades
• ela recuperou espaço mental para pensar de forma estratégica

Ela continuava resolvendo problemas, mas agora com método, e não com correria.

**Liderar não é apagar incêndios.

Liderar é construir ambientes que não pegam fogo todos os dias.**


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